Bioética
sexta-feira, 5 de outubro de 2012
Transgênicos
Transgênicos são organismos que possuem em seu genoma um ou mais genes
provenientes de outra espécie, inseridos por processo natural ou por
métodos de engenharia genética. Eles têm sua estrutura geneticamente
modificada para obter novas características. Essa alteração, feita em
laboratório, pode buscar tanto a melhora nutricional do alimento como
tornar uma planta mais resistente a agrotóxicos.
A polêmica que cerca os transgênicos tem fundo econômico, social e ambiental. Seus defensores argumentam que a biotecnologia aumenta a produção de alimentos a ponto de ser uma das alternativas para resolver a fome mundial. Entidades que são contra dizem que não há provas de que os produtos sejam benéficos ou nocivos. Eles defendem que é preciso aprofundar os estudos antes de se permitir o plantio em larga escala.
Entidades como CTNBio (Comissão Nacional de Biossegurança) e a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) afirmam que não há casos de morte por contaminação por meio dos transgênicos.
Como a Lei de Biossegurança ainda não foi aprovada pelo Congresso Nacional -passou apenas pelo Senado-, o governo federal vem publicando a cada início de safra MPs (medidas provisórias) que liberam o plantio da soja transgênica e a comercialização do produto. A última medida foi assinada no dia 14 de outubro de 2004 pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
De acordo com a MP, o prazo de venda dessa soja pode ser prorrogado por até sessenta dias mediante aprovação do Executivo. No entanto, a comercialização das sementes dessa safra está proibida durante o ano de 2005. Para garantir o direito de produzir soja transgênica, o agricultor terá de assinar um termo de compromisso.
Prós e contras
CTNBio Embrapa dizem que a produção dos alimentos transgênicos pode provocar redução no uso de agrotóxicos.
Greenpeace afirma que houve aumento do uso de inseticidas nos EUA
Embrapa defende que produção de alimentos transgênicos pode amenizar o problema da fome no país.
Greenpeace diz que produção de transgênicos favorece a agricultura mecanizada, aumenta o desemprego e piora o quadro social do país.
Representante da Embrapa afirma que são gastos US$ 40 bilhões anuais em agrotóxicos no mundo, Greenpeace rebate com a informação de que o consumo sde agrotóxicos cresceu nos EUA, ao contrário das previsões anteriores.
Embrapa diz que há uma melhoria na qualidade do óleo, vitaminas e proteínas das plantas, que seria similar à do produto convencional, mas o Greenpeace questiona se tais melhoramentos genéticos deveriam trazer substâncias novas, em vez de apenas as mesmas informações genéticas do original.
Órgãos de biossegurança têm como ponto de semelhança a incerteza sobre o sobre reações e efeitos sobre a saúde e impacto ambiental.
A polêmica que cerca os transgênicos tem fundo econômico, social e ambiental. Seus defensores argumentam que a biotecnologia aumenta a produção de alimentos a ponto de ser uma das alternativas para resolver a fome mundial. Entidades que são contra dizem que não há provas de que os produtos sejam benéficos ou nocivos. Eles defendem que é preciso aprofundar os estudos antes de se permitir o plantio em larga escala.
Entidades como CTNBio (Comissão Nacional de Biossegurança) e a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) afirmam que não há casos de morte por contaminação por meio dos transgênicos.
Como a Lei de Biossegurança ainda não foi aprovada pelo Congresso Nacional -passou apenas pelo Senado-, o governo federal vem publicando a cada início de safra MPs (medidas provisórias) que liberam o plantio da soja transgênica e a comercialização do produto. A última medida foi assinada no dia 14 de outubro de 2004 pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
De acordo com a MP, o prazo de venda dessa soja pode ser prorrogado por até sessenta dias mediante aprovação do Executivo. No entanto, a comercialização das sementes dessa safra está proibida durante o ano de 2005. Para garantir o direito de produzir soja transgênica, o agricultor terá de assinar um termo de compromisso.
Prós e contras
CTNBio Embrapa dizem que a produção dos alimentos transgênicos pode provocar redução no uso de agrotóxicos.
Greenpeace afirma que houve aumento do uso de inseticidas nos EUA
Embrapa defende que produção de alimentos transgênicos pode amenizar o problema da fome no país.
Greenpeace diz que produção de transgênicos favorece a agricultura mecanizada, aumenta o desemprego e piora o quadro social do país.
Representante da Embrapa afirma que são gastos US$ 40 bilhões anuais em agrotóxicos no mundo, Greenpeace rebate com a informação de que o consumo sde agrotóxicos cresceu nos EUA, ao contrário das previsões anteriores.
Embrapa diz que há uma melhoria na qualidade do óleo, vitaminas e proteínas das plantas, que seria similar à do produto convencional, mas o Greenpeace questiona se tais melhoramentos genéticos deveriam trazer substâncias novas, em vez de apenas as mesmas informações genéticas do original.
Órgãos de biossegurança têm como ponto de semelhança a incerteza sobre o sobre reações e efeitos sobre a saúde e impacto ambiental.
O que é Bioética?
A Bioética é uma ética aplicada, chamada
também de “ética prática”[1], que visa “dar
conta” dos conflitos e controvérsias morais implicados
pelas práticas no âmbito das Ciências da Vida
e da Saúde do ponto de vista de algum sistema de valores
(chamado também de “ética”). Como tal,
ela se distingue da mera ética teórica, mais preocupada
com a forma e a “cogência” (cogency) dos conceitos
e dos argumentos éticos, pois, embora não possa abrir
mão das questões propriamente formais (tradicionalmente
estudadas pela metaética), está instada a resolver
os conflitos éticos concretos. Tais conflitos surgem das
interações humanas em sociedades a princípio
seculares, isto é, que devem encontrar as soluções
a seus conflitos de interesses e de valores sem poder recorrer,
consensualmente, a princípios de autoridade transcendentes
(ou externos à dinâmica do próprio imaginário
social), mas tão somente “imanentes” pela negociação
entre agentes morais que devem, por princípio, ser considerados
cognitiva e eticamente competentes. Por isso, pode-se dizer que
a bioética tem uma tríplice função,
reconhecida acadêmica e socialmente: (1) descritiva, consistente
em descrever e analisar os conflitos em pauta; (2) normativa com
relação a tais conflitos, no duplo sentido de proscrever
os comportamentos que podem ser considerados reprováveis
e de prescrever aqueles considerados corretos; e (3) protetora,
no sentido, bastante intuitivo, de amparar, na medida do possível,
todos os envolvidos em alguma disputa de interesses e valores, priorizando,
quando isso for necessário, os mais “fracos”
(Schramm, F.R. 2002. Bioética para quê? Revista Camiliana
da Saúde, ano 1, vol. 1, n. 2 –jul/dez de 2002 –
ISSN 1677-9029, pp. 14-21).
Mas a Bioética, como forma talvez especial da ética,
é, antes, um ramo da Filosofia, podendo ser definida de diversos
modos, de acordo com as tradições, os autores, os
contextos e, talvez, os próprios objetos em exame. Algumas
definições:
"Eu proponho o termo Bioética como forma de enfatizar
os dois componentes mais importantes para se atingir uma nova sabedoria,
que é tão desesperadamente necessária: conhecimento
biológico e valores humanos.” (Van Rensselaer Potter,
Bioethics. Bridge to the future. 1971)
“Bioética é o estudo sistemático das dimensões morais - incluindo visão moral, decisões, conduta e políticas - das ciências da vida e atenção à saúde, utilizando uma variedade de metodologias éticas em um cenário interdisciplinar”.(Reich WT. Encyclopedia of Bioethics. 2nd ed. New York; MacMillan, 1995: XXI).
“A bioética, da maneira como ela se apresenta hoje, não é nem um saber (mesmo que inclua aspectos cognitivos), nem uma forma particular de expertise (mesmo que inclua experiência e intervenção), nem uma deontologia (mesmo incluindo aspectos normativos). Trata-se de uma prática racional muito específica que põe em movimento, ao mesmo tempo, um saber, uma experiência e uma competência normativa, em um contexto particular do agir que é definido pelo prefixo ‘bio’. Poderíamos caracteriza-la melhor dizendo que é uma instância de juízo, mas precisando que se trata de um juízo prático, que atua em circunstâncias concretas e ao qual se atribui uma finalidade prática a través de várias formas de institucionalização. Assim, a bioética constitui uma prática de segunda ordem, que opera sobre práticas de primera ordem, em contato direto com as determinações concretas da ação no âmbito das bases biológicas da existência humana.” (Ladrière, J. 2000. Del sentido de la bioética. Acta Bioethica VI(2): 199-218, p. 201-202).
“Bioética é o estudo sistemático das dimensões morais - incluindo visão moral, decisões, conduta e políticas - das ciências da vida e atenção à saúde, utilizando uma variedade de metodologias éticas em um cenário interdisciplinar”.(Reich WT. Encyclopedia of Bioethics. 2nd ed. New York; MacMillan, 1995: XXI).
“A bioética, da maneira como ela se apresenta hoje, não é nem um saber (mesmo que inclua aspectos cognitivos), nem uma forma particular de expertise (mesmo que inclua experiência e intervenção), nem uma deontologia (mesmo incluindo aspectos normativos). Trata-se de uma prática racional muito específica que põe em movimento, ao mesmo tempo, um saber, uma experiência e uma competência normativa, em um contexto particular do agir que é definido pelo prefixo ‘bio’. Poderíamos caracteriza-la melhor dizendo que é uma instância de juízo, mas precisando que se trata de um juízo prático, que atua em circunstâncias concretas e ao qual se atribui uma finalidade prática a través de várias formas de institucionalização. Assim, a bioética constitui uma prática de segunda ordem, que opera sobre práticas de primera ordem, em contato direto com as determinações concretas da ação no âmbito das bases biológicas da existência humana.” (Ladrière, J. 2000. Del sentido de la bioética. Acta Bioethica VI(2): 199-218, p. 201-202).
“A palavra ‘bioética’ designa um conjunto
de pesquisas, de discursos e práticas, via de regra pluridisciplinares,
que têm por objeto esclarecer e resolver questões éticas
suscitadas pelos avanços e a aplicação das
tecnociências biomédicas. (...) A rigor, a bioética
não é nem uma disciplina, nem uma ciência, nem
uma nova ética, pois sua prática e seu discurso se
situam na interseção entre várias tecnociências
(em particular, a medicina e a biologia, com suas múltiplas
especializações); ciências humanas (sociologia,
psicologia, politologia, psicanálise...) e disciplinas que
não são propriamente ciências: a ética,
para começar; o direito e, de maneira geral, a filosofia
e a teologia. (...) A complexidade da bioética é,
de fato, tríplice. Em primeiro lugar, está na encruzilhada
entre um grande número de disciplinas. Em segundo lugar,
o espaço de encontro, mais o menos conflitivo, de ideologias,
morais, religiões, filosofias. Por fim, ela é um lugar
de importantes embates (enjeux) para uma multidão de grupos
de interesses e de poderes constitutivos da sociedade civil: associação
de pacientes; corpo médico; defensores dos animais; associações
paramédicas; grupos ecologistas; agro-business; industrias
farmacêuticas e de tecnologias médicas; bioindustria
em geral” (Hottois, G 2001. Bioéthique. G. Hottois
& J-N. Missa. Nouvelle encyclopédie de bioéthique.
Bruxelles: De Boeck, p. 124-126)
“A bioética é o conjunto de conceitos, argumentos e normas que valorizam e justificam eticamente os atos humanos que podem ter efeitos irreversíveis sobre os fenômenos vitais” (Kottow, M., H., 1995. Introducción a la Bioética. Chile: Editorial Universitaria, 1995: p. 53)
“A bioética é o conjunto de conceitos, argumentos e normas que valorizam e justificam eticamente os atos humanos que podem ter efeitos irreversíveis sobre os fenômenos vitais” (Kottow, M., H., 1995. Introducción a la Bioética. Chile: Editorial Universitaria, 1995: p. 53)
Aborto no Brasil
Atualmente no Brasil o aborto é
considerado crime, exceto em duas situações: de estupro e de risco de
vida materno. A proposta de um Anteprojeto de Lei, que está tramitando
no Congresso Nacional, alterando o Código Penal, inclui uma terceira
possibilidade quando da constatação anomalias fetais.
Esta situação já vem sendo considerada pela Justiça brasileira, apesar de não estar ainda legislada. Desde 1993, foram concedidos mais de 350 alvarás para realização de aborto em crianças mal formadas, especialmente anencéfalos . Os juízes inicialmente solicitavam que o médico fornecesse um atestado com o diagnóstico da mal formação, além de outros três laudos para confirmação, um outro laudo psiquiátrico sobre o risco potencial da continuidade da gestação e um para a cirurgia. Ao longo deste período estas exigências foram sendo abrandadas.Em algumas solicitações os juízes não aceitaram a justificativa, e não concederam o alvará tendo em vista a falta de amparo legal para a medida. Em 2000 um advogado entrou com uma solicitação de medida liminar para impedir uma autorização de aborto de bebe anencéfalo no Rio de Janeiro. A mesma foi concedida.
Este tema tem sido discutido desde inúmeras perspectivas, variando desde a sua condenação até a sua liberação inclusive descaracterizando-o como aborto, mas denominando o procedimento de antecipação terapêutica de parto.
A nova redação proposta para o Código Penal, altera todos os três itens, é a seguinte:
Os itens constantes no inciso II também merecem algumas considerações. Esta violação da liberdade sexual deverá ser denunciada e registrada junto a uma autoridade competente ? O ato médico de abortar o feto será realizado somente com autorização formal por escrito de um juiz ? Como caracterizar o não consentimento de uma técnica de reprodução assistida se a maioria dos profissionais que atuam na área ainda não tem o hábito de obter um consentimento informado de seus pacientes ?
A probabilidade, e não o diagnóstico conclusivo de lesões no feto, pode levar a algumas situações bastante delicadas. Os médicos que o anteprojeto de lei se refere devem ter familiaridade com a área de diagnóstico pré-natal de anomalias fetais ? O critério de grave e irreversível anomalia física ou mental está restrito a condição da criança imediatamente após o parto ou pode ser ampliada para situações que irão ocorrer a longo prazo ? Um exemplo disto pode ser o diagnóstico preditivo de Doença de Huntington em um feto. Este diagnóstico, que irá manifestar-se somente na quarta década de vida, constitui um motivo para a realização do aborto ? Estas e outras questões devem servir de base para uma reflexão adequada sobre a adequação da realização de abortos eugênicos. Anteprojeto de Lei que altera dispositivos do Código Penal e dá outras providência
Esta situação já vem sendo considerada pela Justiça brasileira, apesar de não estar ainda legislada. Desde 1993, foram concedidos mais de 350 alvarás para realização de aborto em crianças mal formadas, especialmente anencéfalos . Os juízes inicialmente solicitavam que o médico fornecesse um atestado com o diagnóstico da mal formação, além de outros três laudos para confirmação, um outro laudo psiquiátrico sobre o risco potencial da continuidade da gestação e um para a cirurgia. Ao longo deste período estas exigências foram sendo abrandadas.Em algumas solicitações os juízes não aceitaram a justificativa, e não concederam o alvará tendo em vista a falta de amparo legal para a medida. Em 2000 um advogado entrou com uma solicitação de medida liminar para impedir uma autorização de aborto de bebe anencéfalo no Rio de Janeiro. A mesma foi concedida.
Este tema tem sido discutido desde inúmeras perspectivas, variando desde a sua condenação até a sua liberação inclusive descaracterizando-o como aborto, mas denominando o procedimento de antecipação terapêutica de parto.
A nova redação proposta para o Código Penal, altera todos os três itens, é a seguinte:
- Exclusão de Ilicitude
Art. 128. Não constitui crime o aborto praticado por médico se:
I - não há outro meio de salvar a vida ou preservar a saúde da gestante; II - a gravidez resulta de violação da liberdade sexual, ou do emprego não consentido de técnica de reprodução assistida;
III - há fundada probabilidade, atestada por dois outros médicos, de o nascituro apresentar graves e irreversíveis anomalias físicas ou mentais. Parágrafo 1o. Nos casos dos incisos II e III e da segunda parte do inciso I, o aborto deve ser precedido de consentimento da gestante, ou quando menor, incapaz ou impossibilitada de consentir, de seu representante legal, do cônjuge ou de seu companheiro;
Parágrafo 2o. No caso do inciso III, o aborto depende, também, da não oposição justificada do cônjuge ou companheiro.
Os itens constantes no inciso II também merecem algumas considerações. Esta violação da liberdade sexual deverá ser denunciada e registrada junto a uma autoridade competente ? O ato médico de abortar o feto será realizado somente com autorização formal por escrito de um juiz ? Como caracterizar o não consentimento de uma técnica de reprodução assistida se a maioria dos profissionais que atuam na área ainda não tem o hábito de obter um consentimento informado de seus pacientes ?
A probabilidade, e não o diagnóstico conclusivo de lesões no feto, pode levar a algumas situações bastante delicadas. Os médicos que o anteprojeto de lei se refere devem ter familiaridade com a área de diagnóstico pré-natal de anomalias fetais ? O critério de grave e irreversível anomalia física ou mental está restrito a condição da criança imediatamente após o parto ou pode ser ampliada para situações que irão ocorrer a longo prazo ? Um exemplo disto pode ser o diagnóstico preditivo de Doença de Huntington em um feto. Este diagnóstico, que irá manifestar-se somente na quarta década de vida, constitui um motivo para a realização do aborto ? Estas e outras questões devem servir de base para uma reflexão adequada sobre a adequação da realização de abortos eugênicos. Anteprojeto de Lei que altera dispositivos do Código Penal e dá outras providência
Eutanasia no Brasil
No Brasil a
eutanásia é considerada como sendo homicídio.
Está tramitando na Senado Federal,
um projeto de lei 125/96, elaborado desde 1995, estabelecendo critérios
para a legalização da "morte sem dor". O projeto prevê a
possibilidade de que pessoas com sofrimento físico ou psíquico possam
solicitar que sejam realizados procedimentos que visem a sua própria
morte. A autorização para estes procedimentos será dada por uma junta
médica, composta por 5 membros, sendo dois especialistas no problema do
solicitante. Caso o paciente esteja impossibilitado de expressar a sua
vontade, um familiar ou amigo poderá solicitar à Justiça tal
autorização.
O projeto de lei é bastante falho
na abordagem de algumas questões fundamentais, tais como o
estabelecimento de prazos para que o paciente reflita sobre sua decisão,
sobre quem será o médico responsável pela realização do procedimento
que irá causar a morte do paciente, entre outros itens.
Também está tramitando o
Anteprojeto de Lei que altera os dispositivos do Código Penal e dá
outras providências, legislando sobre a questão da eutanásia em dois
itens do artigo 121.
Homicídio
Art. 121. Matar alguém:
Pena - Reclusão, de seis a vinte anos.
...
Eutanásia
Parágrafo 3o. Se o autor do crime agiu por compaixão, a pedido da
vítima, imputável e maior, para abreviar-lhe o sofrimento físico
insuportável, em razão de doença grave:
Pena - Reclusão, de três a seis anos.
Exclusão de Ilicitude
Parágrafo 4o. Não constitui crime deixar de manter a vida de alguém por
meio artificial, se previamente atestada por dois médicos, a morte como
iminente e inevitável, e desde que haja consentimento do paciente, ou na
sua impossibilidade, de ascendente, descendente, cônjuge, companheiro
ou irmão.
A redação dos parágrafos
deixa margem a interpretações diversas. Alguns autores estão
denominando, equivocadamente, a situação prevista no parágrafo 4o. de
Ortotanásia.
e não atinge a questão principal que é a de estabelecer critérios
uniformes de morte torácica ou encefálica para todas as situações, e não
apenas para a doação de órgãos, neste último caso.
Esta alteração poderia levar em conta alguns itens das legislações vigentes no
Uruguay
e na
Holanda. Nesteas
duas leis ocorre a exoneração de castigo, sem deixar de caracterizar o
ato como o de matar alguém. Estas propostas tem como base as propostas
de
Jiménes de Asua, feitas na década de 1920. A legislação da
Austrália, que não está mais vigindo, também poderia orientar, principalmente no que se refere aos condicionantes do processo.
Art. 121. Matar alguém:
Pena - Reclusão, de seis a vinte anos.
...
Eutanásia
Parágrafo 3o. Se o autor do crime agiu por compaixão, a pedido da vítima, imputável e maior, para abreviar-lhe o sofrimento físico insuportável, em razão de doença grave:
Pena - Reclusão, de três a seis anos.
Exclusão de Ilicitude
Parágrafo 4o. Não constitui crime deixar de manter a vida de alguém por meio artificial, se previamente atestada por dois médicos, a morte como iminente e inevitável, e desde que haja consentimento do paciente, ou na sua impossibilidade, de ascendente, descendente, cônjuge, companheiro ou irmão.
Assinar:
Postagens (Atom)